Galeria
RECIPIENTES FEITOS DE FRUTA
Os nativos brasileiros usavam recipientes fabricados com diferentes materiais: casca de frutos de plantas de entre as quais Lagenaria sp. (cabaças), Crescentia cujete (cuias) e Cocos nucifera (cocos). Eram decorados à mão artística e metodicamente.
Algumas das peças expostas mostram influência dos colonizadores portugueses evidenciada quer pelas inscrições em português, quer pelo pormenor e simetria que podemos observar nas decorações de utensílios e panos vários de Portugal.
CUIA
Base em casca do fruto de Lagenaria sp. seccionado transversalmente em duas metades, associadas por tecidos de fibras vegetais.
Apresenta pinturas com motivos vegetalistas e de caça em tons cor-de-rosa, castanhos, amarelos e verdes.
Lagenaria sp.
Os povos indígenas do Brasil usavam a casca muito dura dos frutos (cabaças) de espécies de Lagenaria/Cucurbita lagenaria para guardar e transportar líquidos.
São também utilizados, tais como os de Cuia, para fazer instrumentos de percussão (chocalhos).
Após retirar a polpa dos frutos e secagem, introduzem pequenas pedras através de um orifício feito na extremidade daí resultando chocalhos das mais diversas formas.
Lagenaria sp.
Fotografia: Emma Wallace
In Flickr. Web, 2020
CUIA
Metade de fruto de Crescentia cujete de forma oval escurecida por dentro e por fora.
Apresenta desenhos de motivos vegetais simétricos.
Crescentia cujete
Crescentia cujete é uma árvore perene podendo atingir 12 metros de altura, originária da América central com ampla distribuição no Brasil. Os frutos arredondados (cuia, cabaça) possuem uma casca dura, de cor castanha quando maduros e medem entre 15 a 30 centímetros de diâmetro.
Por serem muito resistentes, os frutos, depois da retirada a polpa e secos, são utilizados como objetos de uso doméstico: recipientes para líquidos, cuias (recipientes para lavagem de arroz ou outros cereais e feijão e para armazenamento de frutas) e como pratos rústicos.
São também usados como caixa de ressonância de instrumentos musicais, em particular dos berimbaus, instrumento musical muito popular no Brasil, e como chocalhos. Povos indígenas do Brasil usam a cuia para construir instrumentos musicais de percussão, de forma esférica (chocalhos globulares).
Coité ou Árvore da Moringa (Crescentia cujete) Fotografia: Rik Schuiling In TropCrop-TCS - Own work, CC BY-SA 4.0, Web, 2020 https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=61309843
CUIA
No interior da tampa em branco, está desenhado uma casa e uma figura humana com um compasso na mão. Foi escurecida com verniz preto no exterior e pintada com motivos florais. Junto à boca tem escrito “PARA”.
Crescentia cujete
Crescentia cujete é uma árvore perene podendo atingir 12 metros de altura, originária da América central com ampla distribuição no Brasil. Os frutos arredondados (cuia, cabaça) possuem uma casca dura, de cor castanha quando maduros e medem entre 15 a 30 centímetros de diâmetro.
Por serem muito resistentes, os frutos, depois da retirada a polpa e secos, são utilizados como objetos de uso doméstico: recipientes para líquidos, cuias (recipientes para lavagem de arroz ou outros cereais e feijão e para armazenamento de frutas) e como pratos rústicos.
São também usados como caixa de ressonância de instrumentos musicais, em particular dos berimbaus, instrumento musical muito popular no Brasil, e como chocalhos. Povos indígenas do Brasil usam a cuia para construir instrumentos musicais de percussão, de forma esférica (chocalhos globulares).